quinta-feira, 27 de maio de 2010

Furr

Soube no blog de uma amiguinha que esta mesma música que me fez sorrir, fez a menina chorar...
Acho que nossos sentidos têm muito mais a ver com o que achamos que é realidade do que imaginamos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Depois do Ficha Limpa, Floresta plena.

Depois do fenômeno do Ficha Limpa, que muita gente continua enchendo o saco de que não vai servir para nada, eu estou criando o hábito diário de lutar por um objetivo.

Não que Tia Patrícia não esteja engajada. É só ler meus posts anteriores. Mas a grande questão do pessoal do Ficha Limpa é: e agora? Vamos continuar o exercício de cidadania? Vamos voltar para a sala e assistir o jornal? Vamos procurar algo de útil para fazer?

Bom, eu sou professora e não tenho mais dinheiro para assinar TV a cabo. Então, não tenho novela nem jornal para assistir. E, agora, tenho mais tempo para me engajar. Então, hoje eu falo mais uma vez das florestas.

Este vídeo não serve tanto para a campanha. Eu acho que a Europa nos faria um favor muito grande boicotando a madeira brasileira. 90% da nossa extração de madeira é ilegal. Alguém está comprando isso. Eu não vejo jacarandá desde pequenininha! Mas o vídeo serviu para ver como os filhos da Diana estão lindinhos. O Harry é muito fofo, gente. Ele sempre parece que vai aprontar alguma.


Mais contundente no entanto foi o apelo da vida inteira de Dorothy Stang. Ela lutava pelo Projeto de Desenvolvimento Sustentável. Mais do que fechar a torneira, usar um grampo a menos no escritório, não usar ar-condicionado ou calefação é moralizar o norte do país. Isso aí é o Pará depois do ano 2000!!! O último acusado foi para cadeia outro dia, mas os culpados estão soltos. Os culpados não são somente os grandes fazendeiros, não. O maior culpado é a ignorância.

Esse documentário tinha que ser obrigatório nas escolas, mas o foco não pode ser o horror da morte dela, mas o exemplo de vida e de trabalho que Dorothy deu, e que precisa continuar.




Dorothy era ODIADA pelos trabalhadores rurais que ganham uma miséria. Ela lutava pela agricultura de subsistência e pela preservação da terra. Uma área equivalente a 8 estádios de futebol de floresta desaparece todo dia para dar lugar a pasto. NÃO É PELAS VACAS! Parar de comer carne não vai mudar NADA! O proprietário precisa provar que a área é produtiva e coloca a mimosa lá! Ela não precisa virar churrasco.

A questão é a reforma agrária. Cortar árvore e caçar não são pecados se são feitos conscientemente. A superpopulação de animais TAMBÉM é nociva ao meio ambiente, pôxa! Se para cada árvore derrubada três fossem plantadas, não haveria drama. Mas a área precisa virar pasto para GARANTIR A POSSE DA TERRA.



O povo pode mudar isso. Só que uma viagem a essas terras pode ser uma trip horrorosa. Ir a Manaus e ver que ainda tem gente matando boto a pancadas porque o bicho "rouba o peixe da gente", ver um trabalhador no Pará dizendo que não poder derrubar árvore é "ridículo" e ver um morador de favela no Rio de Janeiro dizendo que a proteção da floresta urbana "não ajuda o pessoal daqui em nada" é embaraçoso. A gente vê que lutar contra o poderoso não adianta nada, não porque ele seja forte demais, mas porque os colaboradores dele são muitos e estão aqui do lado.



O povo tem um poder danado. Pode ser usado de forma egoísta ou não. O muro acabou "pulável" e os negócios no mato vão continuar.

Dorothy não era inocente. Ela sabia que era contra o próprio povo que ela lutava. O rapaz que descarregou a arma nela fez o que fez por cinquenta reais e disse: "Se a senhora não mudou nada até agora, não vai mudar nada mesmo." e sem saber, ele fez algo mudar.

Não tem mais Dorothy. Agora é com a gente.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ah, droga!

Blogs são feitos para isso, eu acho. Quando um pensamento ganha uma força maior na cabeça e não tem ninguém por perto para refutar, endossar ou até ignorar o que você está pensando. Agora, nesse momento em que eu realmente preciso fazer uma faxina no apartamento, eu penso no que realmente é importante na vida. Acho que isso dá uma ideia de como eu odeio faxina e nenhuma ideia do que eu realmente entendo como vida.

Já conheci gente à beira da morte, já conheci gente que estava marcado para morrer e já conheci gente que escolheu morrer. Os que mais me chocaram foram os que morreram sem saber que iriam morrer - e eles são a maioria.

Oh, sim, ela vai trabalhar todo dia. Toda noite também. Ela atende 24hs.

Foi uma simples pergunta: "Como vão as coisas?"
Eu disse: "Bem".
Houve uma pausa e depois: "Mesmo? Como é que estão as coisas MESMO?"
Eu me apressei em mudar de assunto. Era cobrança. Não de Cartão de Crédito ou Banco, mas de pessoas bem intencionadas esperando que minha vida faça algum sentido, tenha algum rumo ou que se sustente emocional e financeiramente.

Já imaginou?: "Vai tudo mal e eu não tenho a menor ideia de quando vai melhorar. Quer saber? Eu não acho que eu seja inteiramente responsável por isso. Existem fatores que eu não controlo. Eu tentei o melhor, sabia? Eu tentei até o que eu não queria. Imagine se eu estivesse nessa situação porque segui o conselho de outras pessoas, inclusive o seu? Eu sempre fiz o que quis e isso não me levou ao topo do mundo. Eu nunca quis o topo do mundo, eu sempre quis ser eu mesma. Sabe por quê?".

Sabe gente? Porque isso pode ser um seriado de TV, mas essas coisas acontecem.




Uma garota chamada George estava andando por aí. Ao mesmo tempo o assento sanitário que uma estação espacial entrou na atmosfera após a destruição da mesma. A maioria das partes da estação caiu no Pacífico, mas o assento sanitário caiu em George.

Mesmo antes da série ir ao ar, lá em 2003, eu sempre contei com o assento sanitário flamejante para dar o devido valor ao que acontece na minha vida. Respondendo à pergunta: "As coisas vão bem". Na hora que a bola de fogo cair em cima de mim, eu não vou ter tempo para pedir desculpas a quem eu não pedi, dizer que amo a quem eu realmente amo, mas preferi ficar calada ou cantar canções que eu não cantei. O que 89% das pessoas falam antes de virarem paçoca é pouco poético.

Ah, merda!

Talvez eu diga "droga" se eu lembrar que sou uma dama.
Acho difícil.

domingo, 2 de maio de 2010

Projeto Ficha Limpa: Para manter na lembraça

O projeto Ficha Limpa ainda precisa de participação popular, mas continua indo em frente - não tem tantos seguidores quanto à Igreja Universal, mas os trezentos de Ipanema devem bastar.

Já que memória curta não faz bem para a política, vamos lembrar de um fato interessante que aconteceu há alguns dias.



Para que o projeto Ficha Limpa fosse votado na Câmara a tempo de valer para as eleições de outubro, era preciso que a votação saísse até o dia 29 de abril de 2010. Tais cavalheiros fizeram um pedido de vista, preocupados com o caráter inconstitucional de uma lei que proíbe pessoas condenadas pela justiça de lançarem-se como candidatos a cargos públicos, conseguindo, assim, imunidade parlamentar. Caso fosse concedido, o projeto estaria automaticamente adiado. Que estes senhores fiquem em nossos corações em todas as eleições futuras.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Mauricio Quintella (PR-AL)

Ernandes Amorim (PTB-RO)

Vicente Arruda (PR-CE)

Regis de Oliveira (PSC-SP)